domingo, 17 de maio de 2009

 

Fazenda da Lagoa


Esta fazenda pertencia ao meus primos que aprendemos a chamar de tios: Tia Terezinha, tio Gustavo, tia Dica e tio Newton.
Passamos dias agradáveis nesta fazenda que é maravilhosa. Cheia de jabuticabas.Nas férias íamos todos apanhá-las. Era uma multidão de crianças e de adultos a apanhar as frutinhas pretinhas e saborosas. Tinha até escada para os mais velhos.
Também em outra época fazíamos a cata de guabiroba, uma frutinha que cresce no campo e é deliciosa.
Também houve a época de apanharmos caju. Mas não era uma fruta muito apreciada por nós crianças.
Muitas vezes juntávamos, os filhos de tio Gustavo, os donos da fazenda, com os filhos do padrinho Carrarinha e os de papai para um churrasco delicioso.
As mulheres levavam um prato e os homens a carne , os refrigerantes e a cerveja. E depois ficavam jogando truco. Era uma gritaria.
Eram finais de semana divertidissimos. A piscina enorme e cobiçada por todas as crianças e adultos.
Tia Dica sempre com uma novidade. Porque ela é otima cozinheira. Tia Terezinha tinha toda espécie de flores no jardim: rosas de todas as cores, trepadeira amarelinha perfumada, palma de Santa Rita, arbusto branquinho chamado chulé do imperador, cravos, ibiscos coloridos.
E no pomar além das frutas, plantavam copos de leite que poderia ser apanhado em grande quantidade.
Na horta de couve havia verduras , legumes e hortaliças que eram distribuidas para todos da familia.
Tia Dica fazia croche muito bem, colchas, blusas, sapatinhos e chales. Tia Terezinha fazia tricô com modelos bem dificeis de ser copiados. O que mais era apreciado por todos eram os sapatinhos.
Esta fazenda é muito antiga, era do vovô Pepedro que era cego e vovó Arminda que aprendeu a tocar piano para distrair o seu marido. Sempre foi uma fazenda de café. E depois ficou para o seu filho tio Nunuca e tia Sinha. E assim pertenceu também aos seus descendentes tio Newton e tio Gustavo.
Os descendentes dos dois casais venderam a fazenda para uma firma alemã, especializada em café que tem conservado as caracteristicas arquitetonica da fazenda e ao seu redor aprimorado as plantações de café.
Distrair e divertir é o que me lembro ao frequentar esta fazenda tão querida. Voltar ao tempo e rever nossas tripulias é o que me alegra neste momento.

Comentários:
Que delícia, Mônica. Eu adoro jabuticaba, a minha avó mineira me ensinou a gostar.

Eu sempre quis essa infância na fazenda e não tive. Quando criança, adorava os livros que falavam de histórias passadas no campo. Mais velha, tomei gosto por ir para a natureza me recarregar de energia sempre que possível. No Rio de Janeiro, a maneira mais fácil de fazer isso é ir à praia, como fiz hoje. Mas o campo é diferente, tem o cheiro de mato, frutas, rios e cachoeiras. Eu também gosto muito...

Um beijo, querida. Uma ótima semana para ti.
 
Mônica,
aqueles churrascos na Lagoa eram divertidos. E apanhar jabuticabas tb. Tantas lembranças gostosas.
 
Valéria
Agora que eu vi que é escritora. Eu sou meio lerdinha.
Me escreva contando os nomes dos seus livros. Eu quero comprar e ler.
Desde o dia que aposentei em fevereiro já li 30 livros.
E estou adorando não ter horario. So para os medicos de mamae, que não são muitos.
Obrigada pela sua visita
com carinho Monica
 
Mônica cada vez mais fico facinada com suas historias,vc poderia escrever um livro heim?

Beijinhos
 
Moniquinha, suas histórias sempre me encantam e me conduzem a lugares tão lindos, como as histórias que lia na minha infância. Eu também queria ter tido alguma vivência na fazenda durante a minha infância, mas como não tive, me entretinha com as histórias de Monteiro Lobato e Érico Veríssimo, que sempre referenciava lugares assim, como este que você comentou. Também concordo que você deveria escrever um livro!! Um grande abraço pra você
 

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